Suprema corte dos EUA proíbe uso de critério racial para acesso a universidades

Foram seis votos dos juízes da mais alta corte americana que decidiram que a etnia e a cor da pele não podem ser mais usadas como critério para admissão em universidades do país

Por Eduardo Barão

A suprema corte dos Estados Unidos tomou uma decisão que gera polêmica. O tribunal proibiu o uso de critério racial para o acesso a universidades.

Foram seis votos dos juízes da mais alta corte americana que decidiram que a etnia e a cor da pele não podem ser mais usadas como critério para admissão em universidades do país. 

Esse julgamento entrou em pauta depois que um grupo conservador abriu um processo contra as universidades de Harvard e da Carolina do Norte - que adotaram a medida recentemente.

Essa é uma política diferente da lei de cotas, em vigor no Brasil. 

Para reparar as desigualdades sociais e raciais, muitas universidades americanas consideravam a raça como um dos fatores de seleção dos estudantes.

Uma decisão da própria Suprema Corte, em 78, embasava esse critério.

Essa votação contrária às ações afirmativas vem num momento que a maioria da Suprema Corte americana é conservadora. Dos nove integrantes, seis foram indicados pelo Partido Republicano.

No ano passado, os juízes reverteram outro entendimento, que anulou o direito constitucional ao aborto.

Defensor da medida, o ex-presidente Donald Trump, que indicou três ministros para a corte, disse que é um grande dia para os Estados Unidos e a meritocracia.

O presidente Joe Biden afirmou que é absolutamente contrário à decisão e que este não é um tribunal normal.

Harvard já disse que vai rever seu processo seletivo. Na última década, o número de alunos não brancos nas oito melhores universidades do país aumentou 55%. Educadores progressistas temem que todo o avanço dos últimos anos seja perdido. 

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