A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público Federal e tornou seis brasileiros e outros três italianos em réus por envolvimento com o grupo mafioso Cosa Nostra, da Itália. Eles são acusados de lavar dinheiro para a máfia, comprando diversos imóveis pelo Nordeste.
Em uma das casas, diversas empresas foram registradas fazendo volumosas transações financeiras, uma delas com patrimônio de R$ 100 milhões. Segundo a Polícia Federal, era tudo fachada para a lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Federal, 12 empresas fantasmas foram abertas em Natal, no Rio Grande do Norte, por uma célula da máfia italiana. O grupo usou 'laranjas' para esconder dinheiro de crimes como tráfico de drogas, extorsão e homicídio.
Os três italianos réus vieram morar na região para comprar imóveis, um restaurante e outras empresas para lavar dinheiro da Cosa Nostra. Em quase 10 anos, foram cerca de R$ 300 milhões movimentados no país. Para as autoridades italianas, o valor total movimentado pode passar de R$ 3 bilhões.
As polícias da Itália e do Brasil continuam compartilhando informações para combater as ações da máfia. Os negócios ilícitos seriam conduzidos por Giuseppe Bruno, apontado como comparsa de Giuseppe Calvaruso, um dos chefes da máfia siciliana e que também viveu na capital do Rio Grande do Norte antes de ser preso em 2021, na Itália.