'Lava Funk': produtoras são alvo da polícia por suspeita de lavagem de dinheiro

Responsáveis pelas empresas exibem uma vida de ostentação nas redes sociais

Da Redação

A Polícia Federal segue analisando documentos e conteúdo extraído em computadores apreendidos em uma operação na semana passada. Os alvos são duas das maiores produtoras musicais do brasil - GR6 Eventos e Love Funk. Os responsáveis pelas empresas exibem uma vida de ostentação nas redes sociais.

A suspeita de lavagem de dinheiro surgiu a partir de relatórios de inteligência do Coaf, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras. O Jornal da Band teve acesso aos documentos.  

O esquema estaria ocorrendo por meio do uso de empresas laranjas. Uma delas é a "FC Eventos", que está cadastrada em um imóvel na periferia de São Paulo. Em três meses, R$ 2 milhões foram depositados na conta da empresa, que transferiu mais de R$ 1,5 milhão para outras contas. R$ 570 mil foram para a GR6 Eventos.  

Os donos da empresa são registrados como entregadores e têm passagens pela polícia por roubo.  

Outras movimentações financeiras milionárias suspeitas envolvem uma aposentada de 63 anos que tem um salário de R$ 1.250. Ela mora em uma casa humilde numa comunidade do Rio de Janeiro. Ela recebeu em sua conta mais de R$ 2 milhões, sendo que quase a metade desse dinheiro foi enviada para a GR6.

Em nota, a defesa da GR6 diz que ainda não teve acesso aos autos, e afirma que todas as operações financeiras da empresa são lícitas e devidamente registradas.  

A investigação ainda apontou um pagamento de R$ 150 mil de outra empresa que tinha como sócio um dos chefões do PCC em Santos, no litoral de São Paulo. A transação ocorreu em 2018, meses antes do assassinato de um traficante, durante uma guerra interna da facção.

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