Lei que regulamenta Dark Kitchens vira polêmica em São Paulo

Enquanto vizinhos das cozinhas industriais reclamam do barulho e cheiro, empresários reclamam da lei que poderia inviabilizar o negócio

Por Maira Di Giaimo

As ‘Dark Kitchens’ são cozinhas voltadas apenas para serviços de entrega. Foto: Reuters
As ‘Dark Kitchens’ são cozinhas voltadas apenas para serviços de entrega.
Foto: Reuters

A nova lei que regulamenta a implementação de ‘Dark Kitchens’, galpões que abrigam cozinhas industriais de restaurantes para delivery se transformou em polêmica em São Paulo. Os galpões, instalados em zonas residenciais, viraram alvo de disputa entre moradores e empresários do setor. 

Apesar de serem importante solução para bares e restaurantes continuarem com os negócios na pandemia de Covid-19, moradores reclamam do odor, fumaça e sujeira que invade os lares. 

Myriam dos Santos Cardoso, historiadora vizinha de uma ‘Dark Kitchen’, comenta os transtornos que a cozinha causou na região. “A fumaça que exala é grande, cheiro de gordura é péssimo e penetra no apartamento”, reclama. 

Em outubro, uma lei foi sancionada na capital paulista para regulamentar o setor. Após o prazo estabelecido pela lei, cada galpão não poderá passar de 500 m² em áreas residenciais e terá limite de restaurantes agrupados em um mesmo endereço. Mas a regra, vale para novos negócios. 

Para os empresários, a lei poderia atrapalhar na viabilização do negócio. Gustavo Nogueira lista os motivos que a lei gere transtornos para os empresários do ramo. “Não teremos crescimento do setor em virtude da criação dessa lei que atrapalha o setor e mesmo para as atividades correntes, entendemos que não há respeito ao direito adquirido”, explica. 

O autor do projeto, o vereador Rodrigo Goulart, diz que o projeto pode ser alterado futuramente. “Se na implementação da legislação, virmos alguma dificuldade, aí sim podemos pensar em uma atualização da legislação”, diz. 

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