A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) quer que as empresas que venceram o leilão para importação de arroz provem ter capacidade para a operação. Nesse caso, escolhidas são representadas por agentes que fazem o papel de corretoras, as chamadas “bolsas de mercadorias”, que prestarão contas ao governo.

A Conab disse que resolveu convocar as bolsas para demonstrarem a capacidade técnica e financeira das empresas que representam. A decisão veio depois da divulgação de que uma das vencedoras pertence ao dono de um pequeno mercado de queijos, em Macapá. No mês passado, o estabelecimento teve um salto no capital social de 80 mil para R$ 5 milhões.

A empresa arrematou seis lotes para importar quase 150 mil toneladas de arroz até setembro. Para isso, receberá um pagamento do governo de R$ 736 milhões. A justificativa para a importação é evitar alta do preço com as enchentes no Rio Grande Do Sul, sob críticas dos produtores nacionais. O setor diz que os estoques internos são suficientes para abastecer a população.