Lista de eletrônicos para escolas em presídios no RJ gera polêmica

Os eletrônicos seriam para um projeto educacional do governo do Estado

Por Yasmin Bachour

Complexo de Gerincinó, Bangu, Rio de Janeiro. Dentro dele estão 25 unidades penais, cadeias onde estão presos os chefes das principais facções criminosas do rio.

A entrada de equipamentos eletrônicos é proibida nas unidades prisionais. Mas videogames de última geração, tv's com tecnologia 4k de 40 e 55 polegadas e computadores tiveram a entrada autorizada pelo subsecretário de gestão operacional Rogério Ferreira da Rocha. 

A autorização veio depois de um pedido da secretaria estadual de educação. As unidades prisionais do complexo têm escolas que oferecem educação de jovens e adultos, ensino médio e cursos pré-vestibulares.

Os eletrônicos seriam para um projeto educacional do governo do estado chamado “cultura maker”. A ideia seria equipar as escolas com recursos para que os detentos alunos dos cursos tenham contato com a cultura digital.

 Em nota, secretaria de administração penitenciária disse que os projetos educacionais dentro do complexo permitem a aquisição de materiais escolares e equipamentos. Mas que itens como videogames e similares, que constavam na lista de autorização, não serão permitidos já que a entrada de equipamentos eletrônicos nas unidades prisionais é terminantemente proibida.

Funcionários do sistema educacional dos presídios já facilitaram a entrada de itens proibidos. Em agosto do ano passado, a polícia descobriu que a professora Barbara Iglesias, que trabalhava em uma das escolas do complexo, era paga por criminosos para levar drogas, celulares e outros itens para os detentos. 

Ela foi presa em flagrante. Foi ela quem levou uma serra, escondida dentro de uma meia, para bandidos que planejavam uma fuga em janeiro desse ano. Três conseguiram escapar.

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