O presidente Lula se reuniu, pela primeira vez, com os novos presidentes da Câmara e do Senado. A promessa é de harmonia, mas assuntos polêmicos como as emendas parlamentares ficaram de fora da conversa.
"O Poder Legislativo não pode se furtar em ajudar o governo do Brasil em melhorar a vida dos brasileiros. E eu tenho certeza que esse é o espírito colaborativo (...) é um gesto para o Brasil, um gesto de aproximação, um gesto de maturidade institucional", disse Alcolumbre.
"A Câmara dos Deputados, penso eu que também o Senado Federal, o Congresso Nacional estará à disposição para construirmos uma pauta positiva para o país. A nossa democracia rege a nossa Constituição que os poderes devem ser independentes e harmônicos", afirmou Hugo Motta.
Lula afirmou que o governo não vai mandar nenhum projeto para o Congresso sem, antes, dialogar com os líderes partidários.
"Eu estou muito feliz porque, primeiro, eu sou amigo dos dois. Tenho conhecimento do compromisso democrático que os dois têm", disse o presidente.
A parte da reunião em que os líderes trocaram promessas foi aberta para a imprensa. A segunda parte, não. Quem acompanhou a conversa diz que os três evitaram pontos considerados ‘espinhosos’, como emendas parlamentares, defendidas por Alcolumbre e Motta.
Nesta segunda (3), o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, bloqueou mais emendas parlamentares destinadas a ONGs, por falta de transparência. Alcolumbre e Motta devem discutir o assunto com Dino na próxima semana.
Com a abertura do ano legislativo, os temas prioritários do governo devem ser apresentados aos presidentes das duas casas também na próxima semana. Entre eles, a reforma do Imposto de Renda e a PEC da segurança. Porém, a prioridade é o orçamento de 2025, que precisa ser aprovado nas próximas semanas.