Macron é alvo de críticas ao usar montagem para promover cúpula de IA em Paris

Presidente foi acusado de normalizar a prática, conhecida como Deep Fake, que pode manchar a reputação das pessoas, se usada de forma ruim

Sonia Blota

O uso de ferramentas de inteligência artificial está cada vez mais consolidado, por exemplo, em ações de publicidade, como a que colocou o rosto do cantor Seal na cabeça de uma fofoca, ou em montagens divulgadas por Emmanuel Macron, feitas em um aplicativo. 

A ideia era promover a cúpula de inteligência artificial que começou nesta segunda-feira (10), em Paris, na França. Mas os vídeos divulgados renderam polêmica: Macron foi acusado de normalizar esse tipo de montagem, conhecida como Deep Fake, que pode, também, manchar a reputação das pessoas, se usada de forma ruim.

Líderes políticos e empresários do setor de tecnologia de todo o mundo tentam estabelecer um limite para o uso e incentivar investimentos para outros setores, como na medicina, para acelerar diagnósticos e tratamentos, e na indústria, melhorando a produtividade das empresas, e na educação para personalizar o aprendizado. 

Além disso, até esta terça-feira (11), os debates em Paris vão girar, também, em torno da regulamentação e segurança, para que a inteligência artificial seja um ganho e não um problema. 

O principal objetivo é combater a desinformação e definir padrões éticos para o desenvolvimento da inteligência artificial, de forma que nenhum país fique para trás nessa corrida. 

Mas, em movimentos das gigantes da tecnologia e de governos acendem o alerta. Na última semana, o Google abandonou a promessa de não usar inteligência artificial em armas ou vigilância. Países como Alemanha, Itália e Coreia do Sul restringiram o acesso ao Deep Seek, chatbot desenvolvido na China, em computadores nos escritórios governamentais.  

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais