Márcio França resiste em deixar ministério que Lula pretende dar para o centrão

No intuito de acomodar partidos do centrão, Lula negocia ministérios para dar aos Progressistas e Republicanos

Da redação

No intuito de atrair partidos do centrão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negocia ministérios com os Progressistas e Republicanos. O petista já decidiu entregar o Ministério do Esporte para o deputado maranhense André Fufuca (Progressistas), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas).

Já o Ministério dos Portos e Aeroportos, hoje comandado pelo ex-governador Márcio França, deve ir para os Republicanos, especificamente para o Silvio Costa Filho, vice-presidente do partido. A legenda, atualmente marcada pela filiação do governador Tarcísio de Freitas (SP), é ligada à Igreja Universal do Reino de Deus.

A equação política, porém, não está totalmente fechada. Apurações da Band destacam que político da Baixada Santista não quer deixar a pasta. Do PSB, o ainda ministro é aliado do vice-presidente Geraldo Alckmin.

Nos bastidores das tratativas, há a expectativa de que França ocupe o Ministério da Ciência e Tecnologia, atualmente chefiado por Luciana Santos (PCdoB), ou o de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comandado pelo próprio Alckmin.

38º ministério

Na semana passada, em transmissão ao vivo pelas redes sociais, Lula disse que criaria o 38º ministério, o da Pequena e Média Empresa. A proposta foi posta na mesa com o intuito de acomodar um político do centrão e não precisar desalojar Ana Moser, jogadora que trouxe a primeira medalha olímpica do vôlei feminino ao Brasil, em 1996.

O centrão, porém, não aceitou a oferta, pois está de olho no dinheiro das apostas esportivas. O presidente avaliou, então, que França poderia assumir esse ministério, mas ele não se interessou. Com isso, a criação da pasta anunciada por Lula ficou no limbo.

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