Milho resistente à seca, desenvolvido em SP, pode estar disponível em 10 anos

Devido a uma alteração genética feita em laboratório, o milho consegue se desenvolver com apenas 20% da água necessária e resiste a temperaturas mais altas

Da redação

No laboratório, a coloração da espiga de milho é um sinal que pode representar a salvação da lavoura. Isso porque pesquisadores da Embrapa e Unicamp selecionaram genes de plantas tolerantes a seca e introduziram no cereal.

Com a alteração genética, o milho consegue se desenvolver com apenas 20% da água necessária e resiste a temperaturas mais altas.

Essa resistência, se confirmada no campo, garantirá a adaptação as novas condições climáticas e contribuirá para a segurança alimentar. Os testes também estão mostrando que essa modificação pode aumentar a produtividade em 10%.

Além de ser um alimento presente em nosso dia a dia, o milho é uma das bases importantes para ração animal, além de compor o etanol. 

O Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, representando 11,7% na fatia global, atrás dos Estados Unidos (30,3%) e China (24,1%.

A produção brasileira para a safra atual é estimada 120 milhões de toneladas. A expectativa é que a nova variedade mais resiste esteja disponível para os produtores em até dez anos.

“Os nossos próximos passos é testar em outros ambientes, outros anos, para a agente garantir que os resultados que estamos observando, nos primeiros experimentos realizados em Campinas, são positivos, se estão sendo validados em outras condições ambientais, outras condições de seca”, explicou a pesquisadora da Embapa Juliana Yassitepe.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais