A baixa procura pela vacina contra a dengue preocupa as autoridades médicas. Apenas metade das doses distribuídas para quase duas mil cidades foi aplicada até agora.
Um problema que vem preocupando as autoridades de saúde em todo país é a baixa adesão à segunda dose da vacina. No Rio de Janeiro, por exemplo, cerca de 100 mil doses do imunizante estão paradas nos estoques. Antes restrita à faixa etária de 10 a 14 anos, a vacinação agora foi estendida para crianças e adolescentes de até 16 anos.
No ano passado, o Brasil enfrentou uma das piores epidemias de dengue dos últimos tempos. Foram mais de seis milhões e meio de casos e mais de seis mil óbitos pela doença. Este ano começou com menos registros do que 2024.
A vacina aplicada nos postos também está disponível na rede privada para todas as faixas etárias, mas pode custar mais de R$ 1 mil. Outro imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantã ainda aguarda aprovação da Anvisa. Enquanto isso, especialistas orientam a não baixar a guarda para o Aedes Aegypt.
Nota de Esclarecimento
O Ministério da Saúde esclarece que não ampliou a faixa etária para a vacinação contra a dengue. O imunizante disponível na Rede Pública, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), é destinado a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, em conformidade com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A gestão das vacinas é de responsabilidade dos governos locais. A orientação da Pasta é que os municípios sigam o esquema vacinal indicado.
O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação e recomenda que os pais ou responsáveis levem seus filhos dentro da faixa etária elegível aos postos de saúde para garantir a imunização completa contra a dengue.