Frederik De Klerk, último presidente branco da África do Sul, morreu hoje aos 85 anos. Ele sofria com um tipo de câncer nos pulmões. A família ainda não revelou os planos para o funeral.
De Klerk ajudou a acabar com o Apertheid, brutal regime de segregação racial que durou mais de 40 anos na África do Sul.
Em 1990, ele pegou o Parlamento de surpresa ao anunciar a libertação de Nelson Mandela da prisão, após 27 anos.
De Klerk era de uma família que defendia os interesses da minoria branca. Então foi acusado de traição e encontrou muita resistência, mas seguiu com o plano.
O reconhecimento veio em 1993, quando ele dividiu o Prêmio Nobel da Paz com Mandela.
No ano seguinte, De Klerk tirou partidos da ilegalidade e autorizou negros a votarem - abrindo caminho para Mandela se tornar o primeiro presidente negro do país.
Mas De Klerk também tinha críticas. Muitos sul-africanos dizem que ele permitiu morte de milhares de negros durante a transição de poder e só abriu caminho pro fim do Apartheid por conta da pressão internacional.
Diversos líderes mundiais prestaram condolências. No Reino Unido, o primeiro-ministro, Boris Johnson, afirmou que De Klerk ajudou a mudar o curso da história e a estabelecer a democracia na África do Sul.