Morte de candidato à presidência do Equador é parte da onda de violência no país

Fernando Villavicencio foi morto em Quito; o político era crítico ao crescimento do crime organizado

Por Rodrigo Hidalgo

O assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador na noite de quarta-feira (9), é sintoma da onda de violência que assola o país. Em seis anos, a taxa de homicídios mais que quadruplicou na região e mais de 70% dos assassinatos são relacionados ao narcotráfico. 

Segundo a imprensa do país, a facção Los Lobos reivindicou o ataque que matou o político e candidato à presidência. Esta é a segunda maior organização criminosa do Equador. Na semana anterior, Villavicencio foi ameaçado pelo grupo ‘Los Choneros’ ligado ao cartel de Sinaloa, do mega-traficante El Chapo. 

Villavicencio foi o terceiro político morto no Equador por criminosos em menos de um mês. Um prefeito e um candidato ao Congresso foram vítimas de ataques. As mortes são todas relacionadas ao narcotráfico, já que o Equador é um dos maiores distribuidores de drogas para a Europa e Estados Unidos. 

No último ano, 210 toneladas de cocaína foram apreendidas, um recorde para o Equador, que fica entre a Colômbia e Peru, dois dos maiores produtores de cocaína no mundo. 

Até 2017, o país era considerado uma das nações mais seguras da América Latina. Regiões se deterioraram pelo avanço das drogas e violência, crise agravada pela pandemia de Covid-19, que atingiu fortemente a economia do país. 

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