A morte de um casal em um motorhome no Rio Grande do Sul acende o alerta para a segurança nas casas sobre rodas.

O caso aconteceu em um camping em Gramado. Sonia Oliveira era secretária de Educação da cidade de Gravataí, na Grande Porto Alegre. Ela e o marido, Ricardo Abreu, foram passar o fim de semana na região serrana do estado e não deram mais notícias aos familiares, que avisaram a polícia.

“Temos a conclusão de que foi um acidente doméstico”, disse o delegado Heliomar Franco. “Essas pessoas morreram por asfixia, por inalação de monóxido de carbono.”

As mortes nas Serra Gaúcha aconteceram em um momento de expansão do mercado de casas sobre rodas. Com a pandemia do novo coronavírus, elas viraram alternativa de viagem, e as vendas cresceram em média 30% só em 2020.

Mesmo assim, todo cuidado com a segurança é pouco. Fábricas especializadas devem contar com engenheiros e seguir todas as normas do Inmetro para a produção de motorhomes. É possível instalar até equipamentos que não são exigidos, como sensores de detecção de vazamento de gás.

Outro cuidado fundamental na hora de comprar uma casa móvel é verificar se o fabricante está regularizado, já que existe um grande mercado informal no setor.

“Uma construção feita de forma inadequada, até mesmo a inexperiência de um usuário, pode gerar uma fatalidade como essa“, disse o empresário Edelvã Pasa, responsável por uma fabricante.