Foram pelo menos 15 tiros que atingiram o agente do Departamento Geral de Ações Socioeducativas, de 46 anos. Ele estava a caminho do trabalho e morreu durante um arrastão na Linha Amarela, na altura de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (3).
Antes da polícia chegar, o corpo de Alexander de Araújo Carvalho ficou no chão, momento em que um motorista flagrou um motoqueiro passando e furtando o celular do agente.
De acordo com as testemunhas, os bandidos estavam em dois carros e teriam abordado o agente. Alexander teria jogado a arma embaixo do banco do carro, desembarcou do veículo e saiu correndo. Em seguida, ele foi baleado no pescoço, tórax e abdômen.
Após o crime, os bandidos roubaram ainda dois carros e fugiram com a arma de Alexander. Um dos veículos levados pelos bandidos é de um tenente-coronel, de 77 anos, da Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo depoimento, ele não estava armado no momento em que foi abordado pelos criminosos.
Segundo a Polícia Civil, no local do crime, foram encontradas, pelo menos, 20 cápsulas de bala. Durante a abordagem, os criminosos utilizavam fuzis de calibre 556.
A Polícia Militar informou que os suspeitos fugiram em direção ao Complexo da Maré. A Delegacia de Homicídios da capital fluminense realizou uma perícia no local e tenta identificar os criminosos. Além disso, a polícia ainda tenta localizar o motoqueiro que roubou o celular do agente já morto.
A principal linha de investigação aponta para latrocínio, roubo seguido de morte, mas não descarta ainda a hipótese de execução.
Alexander era do Grupamento de Ações Rápidas e fazia parte do Degase há 10 anos. Ele deixou uma filha de 21 anos. Segundo o instituto fogo cruzado, 16 agentes de segurança foram baleados na Região Metropolitana do Rio nos primeiros dias de 2025. Desse total, 11 morreram e cinco ficaram feridos.