A polícia do Rio investiga o caso de uma paciente que teve uma série de complicações depois de uma cirurgia para implante de silicone nos seios. A mulher, que parou de andar depois da cirurgia, acusa o hospital de erro médico.
O que era para ser um sonho virou um pesadelo para a autônoma Luciene de Souza, de 27 anos. Ela juntou cerca de R$ 20 mil em três anos para fazer consultas, exames e o implante de próteses de silicone nos seios.
A cirurgia foi feita pela médica Sandra Patrícia Naranjo Gonzalez no hospital Semiu, na Vila da Penha, zona norte do estado. Nas redes sociais, a profissional tem quase 40 mil seguidores e compartilha resultados de outros procedimentos já realizados.
De acordo com o registro de ocorrência feito na delegacia, a paciente saiu do centro cirúrgico e teve parada cardíaca, estava sem audição, movimentos dos membros inferiores e com parte da visão comprometida. Segundo a família, 15 dias depois, os seios já estavam necrosado.
A polícia civil abriu uma investigação após o registro do caso para tentar esclarecer o que pode ter acontecido. Ela também acusa a médica de negligência durante o período de recuperação por não ter feito o acompanhamento enquanto ficou 1 mês internada no hospital Semiu.
Nove meses depois, Luciene de Souza precisou retirar as mamas, ainda utiliza sonda para drenar a urina e tem dificuldades para enxergar, além de utilizar cadeira de rodas para se movimentar.
Segundo a família, a médica Sandra Patrícia encaminhou a paciente para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro, para a retirada das próteses e a realização de exames.
Em nota, a médica disse que todos os cuidados foram prestados com responsabilidade, seguindo os protocolos da especialidade, e que a paciente recebeu assistência antes e depois da cirurgia. Ela também acrescentou que não há indício de falha médica ou condenação contra ela.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio disse que ainda não recebeu nenhuma denúncia relacionada ao possível erro médico.
Em nota, o Hospital Semiu diz não ter vínculo com a médica, e que apenas cedeu as instalações para a realização da cirurgia