Mulher de Mauro Cid confessa uso de cartões de vacina fraudados

Ela disse que viajou para os Estados Unidos usando cartões de vacinação falsificados pelo marido

Por Túlio Amâncio

A mulher de Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, disse que viajou para os Estados Unidos usando cartões de vacinação falsificados pelo marido.

Gabriela Cid falou por mais de duas horas, na sede da Polícia Federal. Ela assumiu que usou cartões de vacinação contra a covid falsificados, quando viajou para os Estados Unidos no fim do ano passado com as duas filhas, mas disse não saber que se tratava de um crime e que o marido, o tenente-coronel Mauro Cid, foi quem tomou a iniciativa de fraudar o sistema do SUS.

Na saída, Gabriela Cid escondeu o rosto. A defesa dela vai propor um acordo por uma punição mais leve, como uma multa, já que ela está colaborando com as investigações. 

A defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, pediu a revogação da prisão ao Supremo Tribunal Federal. O advogado entende que medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, podem substituir o regime fechado, sem prejuízo para investigação.

Preso desde o dia 3 de maio, Mauro Cid já foi levado duas vezes à polícia federal para prestar depoimento, mas se manteve calado. O advogado do militar é conhecido como especialista em delação premiada.

Nesta quinta-feira (19), ao comentar a situação de seu ajudante de ordens, o ex-presidente Bolsonaro afirmou novamente que não sabia das fraudes, e que nem precisava do comprovante de vacinação. 

“Peço a deus que ele não tenha errado, tá? E cada um siga sua vida. Falar de vacina minha: não tinha exigência de eu entrar nos estados unidos e estar vacinado, meu deus do céu”, disse.

Em entrevista à revista Veja, ao comentar sobre as fraudes nos registros de vacina contra a covid, Bolsonaro disse que "alguém fez besteira", mas afirmou que tem total confiança no tenente-coronel Mauro Cid e que o tem como um filho.

Bolsonaro também diz que não tem medo de ser preso, mas disse que esse é o desejo de alguns para colar nele o carimbo de ex-presidiário.

O ex-presidente ainda condenou os atos de 8 de janeiro. Segundo ele, foi ação de marginais, com muitos inocentes presos, que prejudicou a direita e deu fôlego à esquerda. Ele ainda afirmou que quer ajudar o país e que as eleições do ano passado são página virada.

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