A dentista Salma al-Shehab foi condenada a 34 anos de prisão na Arábia Saudita acusada de fazer campanha contra o governo do país em publicações no Twitter. Moradora de Londres, no Reino Unido, ela foi presa enquanto passava as férias no país onde nasceu, em janeiro deste ano.
Mãe de dois filhos, Salma foi condenada por compartilhar postagens de ativistas de direitos humanos que vivem no exílio e que pedem liberdade no país.
Segundo o governo saudita, ela ajudou a desestabilizar a segurança nacional, o que é equiparado ao terrorismo no país, que é governado por uma monarquia muçulmana sunita ultra-conservadora.
A pena de 34 anos de prisão, seguidos por mais 34 anos sem poder sair do país foi a sentença mais longa dada a uma ativista de direito das mulheres na Arábia Saudita.
Salma apoia abertamente o caso de Loujain al-Hathloul, uma ativista que foi presa em 2018, e supostamente torturada, por defender o direito de mulheres dirigirem carros, o que até então era proibido no país.
Ela foi acusada de ter contatos com “organizações hostis” à Arábia Saudita e condenada a cinco anos de prisão.