Jornal da Band

Nasa anuncia missão não tripulada até a Lua para 29 de agosto

Para os EUA, a missão será ó o começo de um plano bem ambicioso - no futuro, instalar uma base permanente lá.

Por Eduardo Barão

Cinquenta anos depois da última missão, a Nasa retoma no mês que vem suas viagens para a Lua. Será só o começo de um plano bem ambicioso - no futuro, instalar uma base permanente lá.

O próximo passo será dado no final do mês que vem, quando será lançado ao espaço o Artemis 1.

Será uma missão sem tripulantes em uma série de voos ao redor da face oculta da lua. A nave deve ficar por lá em um período de quatro a seis semanas até voltar para a Terra.

Nesse retorno ao nosso laneta, a Artemis 1 deve chegar a uma velocidade perto de 40 mil quilômetros por hora e suportar temperaturas altíssimas, como cerca da metade do calor do sol.

Se tudo der certo, o cronograma da Nasa prevê dois novos voos. Artemis 2 já será tripulado, mas os astronautas não sairão da nave. E Artemis fará história: a primeira mulher e a primeira pessoa negrão pisarão em solo lunar.

A meta vai além de voltar a pisar novamente no satélite da Terra. A Nasa quer fazer com que essa viagem até a Lua vire uma rotina segura e bem estabelecida. A agência americana sabe que essa experiência é essencial para objetivos ainda maiores: a jornada a Marte, a partir de 2030.

Quem também está aumentando seu interesse na Lua é a China. Com investimentos que chegam a R$ 8 bilhões por ano, os chineses colocaram em órbita em 2021 o primeiro módulo da sua estação espacial. Três astronautas foram enviados ao espaço para trabalhar por lá. No ano que vem será a vez do telescópio Xuntian.

O objetivo é que até 2030 a agência espacial chinesa envie seus primeiros astronautas a lua, além de instalar sondas para coletar amostras de Marte e Júpiter.

A iniciativa não está sendo bem vista pelo chefe da agencia espacial americana. Bill Nelson acusa Pequim de roubar tecnologia com o objetivo de dominar a lua com poderio militar, o que foi desmentido pelo governo chinês. 

Desde 67, a ONU lançou o Tratado do Espaço Sideral, que proíbe qualquer país de reivindicar um pedaço do espaço.

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