Ir para a praia após uma reunião, andar de bicicleta antes de editar um vídeo, passear após montar uma planilha. Esta é a realidade de algumas pessoas que não têm residência fixa e trabalham em esquema de home office: os nômades digitais.
Foi este estilo de vida que Timofey Piper, designer de Nova York pensou quando incluiu o Rio de Janeiro na lista de lugares para trabalhar. “Eu vi que precisava me mudar, ver o mundo”, afirma. Cerca de oito mil nômades digitais vivem no Rio, algo que virou alvo da Embratur.
“Eles gastam, pagam aluguel, consomem, comem, gastam em média R$ 10 mil cada nômade digital”, explica Marcelo Freixo, presidente da Embratur. Essa modalidade cresceu no Brasil no cenário pós-pandemia.
Uma nova parceria da Embratur com a empresa portuguesa NomadX promete estimular a presença de mais trabalhadores home office no país, através do co-working. A cidade de Pipa, no Rio Grande do Norte, já tem este projeto, tido como grande case de sucesso.
No Rio de Janeiro, a Prefeitura tem um projeto desenvolvido desde 2021 para atrair esses trabalhadores. O "Rio Digital Nomads" foi o primeiro polo para nômades digitais na América do Sul e hoje conta com dezenas de co-workings, hotéis, hostels e shoppings parceiros, permitindo que a cidade seja o cenário perfeito para quem quer uma nova estadia.