O ano vai terminar sem definição sobre o currículo do novo ensino médio. A votação na Câmara foi adiada.
Pelo novo projeto, as aulas de espanhol deixarão de ser obrigatórias, como queria o governo. Apenas o inglês será mantido como idioma estrangeiro. O que está travando a discussão agora é a carga horária.
O Ministério da Educação queria aumentar o tempo dedicado obrigatoriamente ao conteúdo básico de 1.800 para 2.400 horas, com carga reduzida para matérias optativas. Mas o projeto do deputado Mendonça Filho propôs 2.100 horas incluindo 300 horas flexíveis, que poderiam ser dedicadas ao ensino técnico.
O novo ensino médio, aprovado em 2017, começou a ser implantado em 2022. Quando assumiu, o governo Lula pediu uma reestruturação.
O novo projeto de lei apresentado em outubro ficou pronto depois de meses de consultas públicas e discussões com especialistas. Mas sem acordo, só deve ser votado no ano que vem.
A votação estava prevista para esta terça-feira, mas o governo retirou o pedido de urgência. Sem uma decisão até o fim do mês as mudanças só devem começar a valer em 2025.