O número de mortos no atentado numa casa de shows perto de Moscou subiu para 133. Onze pessoas foram presas, incluindo quatro terroristas.
O presidente russo, Vladimir Putin, tentou vincular o que chamou de ato bárbaro à Ucrânia, mesmo com o Estado Islâmico assumindo a autoria do ataque.
A casa de shows amanheceu com um amontoado de ferros retorcidos e assentos carbonizados. Parte do telhado desabou. Equipes fizeram buscas e retiraram escombros de um dos maiores centros de eventos de Moscou.
Do lado de fora, homenagens. Apesar do dia frio, russos deixaram flores e velas para um tributo às vítimas.
O ataque terrorista começou por volta das 20h no horário local. Os atiradores abriram fogo minutos antes de uma apresentação da banda de rock Picnic.
Entraram na plateia do teatro e dispararam para todos os lados. O público se escondeu como pôde. Em seguida, incendiaram o prédio com explosivos. Parte do teto ruiu.
Além dos mortos, mais de 145 pessoas foram resgatadas gravemente feridas. Filas se formaram hoje nos hospitais para doação de sangue.
O Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque. Eles seriam de uma ramificação conhecida como Khorasan, presentes no Afeganistão e Paquistão. Eles consideram a Rússia como inimiga porque o governo de Vladimir Putin apoia o ditador sírio Bashar al Assad - responsável por expulsar a organização terrorista da Síria.
O FSB, serviço de segurança russo, fez uma verdadeira caçada pelos terroristas. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram os terroristas sendo presos e interrogado. Um deles contou que foi contratado por R$ 27 mil para participar dos ataques.
Neste sábado, o presidente russo Vladimir Putin fez um discurso à nação. Sugeriu que a Ucrânia está envolvida nos ataques e disse que os terroristas tentavam cruzar a fronteira para o território ucraniano. Kiev negou as acusações.
A Rússia declarou luto oficial a partir deste domingo. O atentado, reivindicado pelo Estado Islâmico, é o primeiro do tipo em mais de uma década e traz a memória uma série de ataques no começo dos anos 2000 provocados por radicais islâmicos - contra o controle russo nas repúblicas muçulmanas do Cáucaso.
Uma delas é a Tchetchênia, que lutou duas guerras contra os russos, em 95 e 2000. Um dos últimos ataques sofridos pela Rússia foi em Volvogrado, em 2013. O sistema de transpor público foi alvo de atentados por dois dias seguidos. 34 pessoas morreram.
Em 2011, o aeroporto de Domodedovo foi o alvo. 37 mortos e quase 200 feridos.