A morte do cantor João Carreiro, após uma cirurgia para corrigir um prolapso da válvula mitral, chocou os fãs. Essa é uma alteração comum. Muitas vezes, nem apresenta sintomas. É raro um paciente ir a óbito em procedimentos desse tipo.
Foi num exame de rotina que a aposentada Vera Maria Solda descobriu que tinha uma pequena disfunção em uma das válvulas do coração. O diagnóstico ligou o sinal de alerta dela. Atualmente, acompanhamentos médicos evitam que o caso se agrave.
“A primeira tentativa é o remédio, para depois ir para a cirurgia. No meu caso, não precisou nem do remédio. Só acompanhar”, contou Vera ao Jornal da Band.
O prolapso da Valvula Mitral atinge entre 2% e 3% da população. Em mais de 90% dos casos, a pessoa já nasce com essa alteração.
A válvula mitral separa as duas cavidades do lado esquerdo do coração. Ela serve para regular o fluxo sanguíneo no órgão, responsável por bombear o sangue para o resto do corpo. Quando não funciona corretamente, acontece um refluxo, conhecido como sopro no coração.
Em geral, problemas com o funcionamento dessa válvula cardíaca só são descobertos depois dos 40 anos. É quando alguns sintomas podem aparecer, como falta de ar, fraqueza, dor no peito e aceleração dos batimentos cardíacos.
Na maioria das vezes, o problema não causa alterações no funcionamento cardíaco, mas, a depender da gravidade, o prolapso pode ocasionar uma doença degenerativa. Com isso, uma cirurgia é necessária para a troca da válvula por outra artificial.