Obras não iniciadas serão afetadas por congelamento no orçamento, dizem fontes

Interlocutores destacam que convencimento de Lula para bloquear orçamento foi uma tarefa difícil, apesar de a ministra Simone Tebet falar o contrário

Da redação

Fontes do governo adiantaram que obras ainda não iniciadas serão as áreas mais afetadas pelo bloqueio, principalmente dos ministérios do Desenvolvimento Regional, das Cidades, do Turismo e do Esporte. Saúde e educação também devem sofrer, porém com menor impacto.

O anúncio do congelamento de R$ 15 bilhões foi bem recebido pelo mercado, mas especialistas avaliaram que é preciso mais. No governo, cálculos internos dão conta de que ainda será necessário um corte de mais de R$ 10 bilhões até o final do ano, para garantir o cumprimento da meta fiscal.

Ao contrário do que a ministra Simone Tebet (MDB) disse a jornalistas, nos bastidores, ela e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confidenciaram que foi difícil, sim, convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da necessidade de cortar despesas.

A estratégia da equipe econômica é ir aos poucos para, mais uma vez, ter o apoio de Lula para passar a tesoura nas despesas públicas.

Memes com Haddad

Na Fazenda, a preocupação também está em ganhar outro debate, na arena digital. Nas últimas semanas, memes que criticam Haddad pela taxação de pequenas importações e reforma tributária se espalharam nas redes sociais.

Há montagens com o rosto do ministro, chamado de “taxade", em várias versões de personagens de filmes. Segundo um cientista político ouvido pela Band, pode existir uma estrutura profissional por trás dos memes.

“Sem dúvida nenhuma, são recados importantes. Quando isso fura a bolha, isso mostra claramente que não é uma briga política, não é uma briga de blocos exclusivamente. Há uma visão, sim, de que o governo taxa”, considerou o especialista.

A Fazenda postou um meme em que usa o filme “Divertidamente 2”, para responder a críticos. Na postagem, citou as emoções com a aprovação da reforma tributária, como o “nojinho de fake news”.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais