Os chefes dos três poderes estarão juntos na cerimônia que vai lembrar um ano dos ataques de 8 de janeiro - o ato foi batizado de "Democracia Inabalada". Senadores de oposição ao governo criticaram a organização do evento em Brasília.
Autoridades vigilantes para garantir que as cenas que chocaram o Brasil e o mundo não voltem a acontecer no primeiro aniversário do 8 de janeiro. Pelo menos 250 agentes da Força Nacional de Segurança foram deslocados para patrulhar a esplanada dos ministérios nesta segunda feira.
As polícias do Distrito Federal, a Rodoviária, a Federal e a Abin vão participar de coordenação conjunta de ações e inteligência.
A Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes serão interditadas. Eventuais manifestações serão permitidas, mas não poderão se aproximar do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.
O governo quer transformar a data em um "ato de celebração democrática". Os presidentes da Câmara, do Senado e do STF já confirmaram presença e estarão ao lado do presidente Lula no salão negro do Congresso.
Os 27 governadores foram convidados, mas vários do Sul e do Sudeste já avisaram que não devem comparecer, vão mandar representantes.
Em meio aos preparativos para o ato, a primeira da dama Janja visitou a praça dos três poderes. Ela criticou a conservação e disse que o governo vai recuperar o local.
Nesta sexta-feira (5), 30 senadores de oposição assinaram um manifesto. Os parlamentares dizem que nenhum poder ou instituição tem o monopólio da defesa da democracia, em uma crítica à convocação de Lula para a cerimônia de segunda-feira.
Os senadores também condenam "vigorosamente a violência e depredação ocorridos no ano passado", mas avaliam que o Supremo "praticando abuso de poder", ao ser "vítima, investigador e julgador no inquérito das fake news".
O STF não respondeu às críticas. O tribunal está julgando os réus do 8 de janeiro e já condenou pelo menos 30 a penas de 13 a 17 anos de prisão.