O principal opositor de Nicolás Maduro na Venezuela, Edmundo Gonzalez, lamentou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral brasileiro de cancelar o envio de técnicos para acompanhar a eleição no país. A decisão ocorreu após declarações de Nicolás Maduro, que colocaram em xeque as eleições brasileiras.
Gonzalez relembrou que os representantes da União Europeia e o ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández, também não irão a Caracas e que isso seria um 'sinal ruim'.
Além do Brasil, a equipe de técnicos da Colômbia chefiada pelo chanceler Luis Murillo também cancelou a ida, após as declarações de Maduro sobre o processo eleitoral colombiano, mesma decisão tomada pelo TSE. Em um comunicado, a Justiça Eleitoral Brasileira disse que 'não admite que se desqualifiquem com mentiras a seriedade e integridade das eleições e urnas eletrônicas no Brasil'.
O assessor especial para assuntos internacionais do Planalto, Celso Amorim, manteve a ida para Caracas, após reunião com o presidente Lula. O chefe do Executivo quer mais do que ter impressões da eleição, mas também alguém acompanhando de perto como o resultado será recebido pelo derrotado.
Para Alexandre Rollo, especialista em direito internacional, a preocupação com uma possível derrota de Maduro é justa. "Ele já fez declarações de eventual banho de sangue a depender do resultado da eleição, então é uma preocupação justa, me parece, da comunidade internacional com os próximos dias com aquilo que pode ser praticado pelo presidente da Venezuela", indica.
Opositor lamentou decisão do TSE
Reprodução/Band