Os quase 80 quilos de ouro apreendidos pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (5) no interior de São Paulo pertencem a um empresário investigado por lavagem de dinheiro e garimpo ilegal.
A carga pertence à empresa FD Gold Distribuidora de Valores. O dono é Dirceu Frederico Sobrinho, que também preside a Associação Nacional do Ouro, que defende interesses do setor.
A empresa esteve na mira da polícia federal. O Ministério Público Federal a acusa de despejar nos mercados nacional e internacional mais de uma tonelada de ouro extraída de garimpos ilegais da Amazônia. O empresário também foi alvo de uma operação há três anos que investigava a lavagem de ouro no Pará.
Os 77 quilos de ouro, avaliados em R$ 23 milhões, chegaram no estado de São Paulo em um avião executivo que não podia voar. Ele estava em sequestro judicial por causa de outra apreensão de ouro.
O material encontrado foi transportado em dois carros em que estavam seis pessoas. Elas foram presas, mas liberadas logo depois.
Dos presos, quatro são policiais militares do estado de São Paulo. Um deles é o tenente coronel Marcelo Tasso, lotado na casa militar responsável pela segurança do governador Rodrigo Garcia.