Países mediadores do cessar-fogo entre Israel e Hamas negociam continuidade da trégua

Hamas vê o cenário como positivo para manutenção do acordo, mas ainda incerto

Felipe Kieling

Egito e Catar, países mediadores do cessar-fogo entre Israel e Hamas, passaram o dia tentando salvar o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, e conseguiram sinais positivos para que a paz continue em Gaza.

Depois da ameaça do Hamas de não liberar os reféns no próximo sábado e a promessa de Israel de retomar os ataques a Gaza, Egito e Catar recorreram a diplomacia.

Israel, que pediu a libertação de todos os reféns até o fim de semana, voltou atrás: agora aceita o acordo original, com três israelenses libertados no sábado.

O grupo palestino vê o cenário como positivo para manutenção do acordo, mas ainda incerto. Exército e tanques israelenses seguem de prontidão e reservistas foram convocados.

O Hamas ameaça não liberar reféns no sábado - como está previsto - alegando violações do acordo por parte de Israel. Por outro lado, os israelenses prometem voltar com os bombardeios se a liberação não acontecer até o meio-dia de sábado. Exército e tanques já estão de prontidão e reservistas foram convocados, garantiu o governo.

Se o que vai acontecer nos próximos dias é um ponto de interrogação, o futuro a médio e longo prazo no Oriente Médio também permanece incerto. Donald Trump defende uma proposta polêmica: realocar os palestinos da Faixa de Gaza em países vizinhos e construir um resort na região. 

Egito e Jordânia já sinalizaram que não devem receber refugiados palestinos da Faixa de Gaza. Os dois países defendem uma solução em que há a permanência dos civis no enclave. Um plano alternativo ao dos Estados Unidos deve ser apresentado nos próximos dias.

A comunidade internacional também rechaça o plano. Emmanuel Macron, presidente francês, pediu respeito aos palestinos e disse que a resposta certa para Gaza não é uma operação imobiliária. A China se opõe ao plano americano e afirma que Gaza pertence ao povo palestino.

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