PF investiga suposto desvio de emendas parlamentares para hospital no Rio Grande do Sul

Entre os sete suspeitos está um assessor de deputado federal

Caiã Messina

PF investiga suposto desvio de emendas parlamentares para hospital no Rio Grande do Sul
PF investiga suposto desvio de emendas parlamentares para hospital no Rio Grande do Sul
Reprodução/Jornal da Band

A Polícia Federal investiga um esquema de desvio de dinheiro de emendas parlamentares que ia para um hospital no Rio Grande do Sul. Entre os sete suspeitos está um assessor de deputado federal.

Os agentes encontraram celulares escondidos no forro do quarto de um dos alvos e mais de R$ 350 mil apreendidos com sete suspeitos de desvio de dinheiro público. Segundo a PF, havia um contrato para o pagamento de propina, desviada de emendas parlamentares para um hospital do RS. 

O documento firmado entre o Hospital Ana Nery, de Santa Cruz do Sul, e uma empresa de lobby, assegurava 6% do valor repassado como “contrapartida aos serviços prestados”. 

No celular de Cliver Fiegenbaum, dono da empresa “CAF Representação e Intermediação de Negócios”, os agentes encontraram três notas fiscais no valor total de R$ 509,4 mil. 

Um dos alvos da PF, Leandro Diedrich, funcionário do hospital, mandou mensagens pedindo ajuda para lavar o dinheiro. Diecrich comenta que o salário dele é menor do que o ganho real, e que “ficaria meio suspeito” viver a vida apenas com “dinheiro vivo”. 

A Polícia Federal afirma que os lobistas e funcionários do hospital pediam para que parlamentares encaminhassem emendas à instituição e ficavam com parte do dinheiro. Um dos integrantes do grupo é assessor do deputado Afonso Motta, do PDT, que não foi alvo da operação.

O parlamentar disse que vai demitir o assessor dele, Lino Furtado, que foi afastado do cargo por ordem do ministro do Supremo, Flávio Dino. 

Cliver Fiegenbaum, que também era diretor administrativo e financeiro da Metropolan. Fundação responsável pelo planejamento metropolitano do governo do Rio Grande do Sul, também foi afastado por Dino. 

Em nota, o Hospital Ana Nery comunicou que “está colaborando com a PF para o esclarecimento dos fatos”. Dino determinou ainda o bloqueio judicial de R$ 600 mil dos suspeitos. 

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