Um dos maiores traficantes de cocaína da América do Sul foi preso em um condomínio no Rio de Janeiro quando foi surpreendido pela Polícia Federal. O criminoso estava foragido desde 2022.
Para despistar as autoridades, usava um nome falso e fazia uma série de procedimentos estéticos. Além de implante de cabelo, uma mudança radical no rosto mudou proporcionalmente o rosto do acusado.
Na residência do traficante, os agentes apreenderam cerca de R$ 55 mil em espécie, joias e documentos. Lindomar Furtado já havia sido alvo da operação Turfe, em 2022. Cerca de 25 pessoas acusadas de tráfico internacional de drogas foram presas no Brasil e Espanha, mas ele conseguiu fugir.
O circuito do condomínio onde ele morava mostra a chegada da Polícia Federal do Paraguai. Enquanto os agentes tentavam passar pela portaria, Lindomar aparece fugindo de casa com a esposa em um carro preto.
Ao longo das investigações, a polícia apreendeu 10 toneladas de cocaína e identificou uma movimentação financeira da quadrilha de R$ 250 milhões. Parceiros do Comando Vermelho e do PCC, os traficantes internacionais lavavam dinheiro até com corrida de cavalos.
Segundo a PF, um dos presos na operação turfe tinha como hobby atuar na prática de corrida de cavalos e tinha muitos animais especializados na corrida.
O inquérito aponta que o esquema funcionava assim: o bando comprava cocaína na Bolívia e na Colômbia. Depois, ao chegar no Brasil, a droga era enviada para a Europa em conteiners disfarçados em remessas de produtos legalizados. Um dos principais pontos de entrada de cocaína eram portos da Espanha.
Autoridades da França, Marrocos, Bélgica, Espanha, Paraguai, Emirados Árabes, além da agência antidrogas americana deram apoio a operação turfe.