Os prejuízos com pirataria e contrabando quase que triplicaram em sete anos no Brasil. Perda para a indústria, geração de empregos e para os cofres públicos.
Todos os dias produtos piratas e contrabandeados são apreendidos. Mas a quantidade é pequena se comparada ao que circula nas ruas dos comércios populares do país.
O setor têxtil é um dos mais atingidos. Estima-se que uma a cada três peças à venda seja irregular.
“Um complexo de ilegalidades que custa muito para o País e custa empregos de qualidade. Porque esses empregos gerados nessa atividade não formal, eles não são empregos que trazem a devida correspondência ao trabalho realizado”, explicou Fernando Valente Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).
Nos últimos anos, as vendas de produtos pirateados e contrabandeados só cresceram no Brasil. Em 2014, as perdas da indústria e na arrecadação de impostos com esse comércio paralelo eram de R$ 100 bilhões. Em 2020, saltaram para R$ 288 bilhões.
“Mais de R$ 280 bilhões que deixaram de ser investidos na geração de novos empregos, geração de renda, e no pagamento de impostos que poderiam ser revertidos em benefício de todos nós, de toda a sociedade”, lamentou Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP).