Está nos planos do Banco Central (BC) permitir o parcelamento de compras diretamente no Pix, mas algumas instituições bancárias se anteciparam para oferecerem a modalidade por conta própria. E já tem transações divididas em até 60 vezes. Por outro lado, os juros acendem um sinal de alerta para o consumidor.
É o caso do serralheiro Lucas Costa Oliveira, entrevistado pelo Jornal da Band. Ele usa o Pix parcelado quando o limite do cartão de crédito chega ao fim, mas garante que parcela, no máximo, em três vezes.
O Pix parcelado funciona como se fosse um empréstimo pessoal. O banco autoriza a transação, mas, depois, cobra do correntista com débito direito na conta ou dentro da fatura do cartão de crédito.
“Ele está pagando juros, e nunca é bom pagar juros. Além de você pagar o principal, aquilo que você financiou, você vai pagar um algo a mais para o banco”, explicou o professor de finanças Marcos Crivelaro.
No Pix parcelado, o dinheiro cai direto na conta do lojista. Para quem recebe, é como se fosse um Pix normal. Em alguns casos, o vendedor chega a dar descontos, o que deixa a compra mais atrativa.
“Nossos descontos em Pix parcelado é em torno de 3% a 5%, a média”, disse a gerente de uma loja visitada pela reportagem, estabelecimento que diz fazer uma a cada cinco vendas por meio do Pix parcelado.
Cabe ao consumidor fazer as contas para ver se vale a pena, porque cada banco define os próprios juros.
O Banco Central prevê lançar, oficialmente, o Pix parcelado em 2024, com regras padronizadas, o que pode aumentar a competição com os cartões e pressionar os juros para baixo. O mercado, porém, aposta numa chegada mais cedo.