A Polícia Militar de São Paulo está fazendo um revezamento de coletes à prova de balas. Muitos dos equipamentos estão com o prazo de validade vencido e a compra de um novo lote está atrasada.
Na falta de equipamentos em condições adequadas, policiais do estado têm sido orientados a fazer um rodízio entre os coletes que ainda estão em uso. Um agente, que pediu para não ser identificado, contou que vem enfrentando o problema desde o início do ano no batalhão onde trabalha, na capital paulista.
Tem colega que tem corpo avantajado e usa um colete pequeno, ou seja, não vai ter a mesma serventia do que deveria ser. E também tem a situação inversa, a pessoa tem o corpo menor e usa um colete gigante, sem condições de uso.
A corporação diz que houve atraso na entrega de 17 mil novos coletes devido a mudanças na lei de licitações e impactos na cadeia de produção global. As entregas estão previstas para ocorrer até maio.
Em 2024, a Polícia Militar do Rio de Janeiro teve um problema parecido, mas a atitude da corporação foi outra: os coletes balísticos, que estavam prestes a vencer, tiveram o prazo de validade estendido por nove meses. A justificativa foi um estudo que analisou apenas quatro dos oito mil equipamentos e concluiu que eles ofereceriam proteção adequada.