Uma operação da Polícia Federal prendeu dois suspeitos de planejar atentados terroristas no Brasil. Investigações apontam que eles seriam financiados pelo grupo islâmico Hezbollah.
Criado em 1982, o Hezbollah é uma organização política e paramilitar fundamentalista islâmica. O grupo libanês é considerado terrorista por países como Estados Unidos, Israel, Reino Unido e Alemanha.
A divisão antiterrorismo da Polícia Federal foi alertada de que o comando do Hezbollah estaria aliciando e financiando pessoas ligadas ao crime organizado.
A operação teve início após as autoridades brasileiras receberem informações dos serviços de inteligência dos Estados Unidos e Israel.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. Duas prisões temporárias foram feitas em São Paulo.
Um dos alvos foi detido no aeroporto de Guarulhos (SP), quando chegava de viagem do Líbano. A PF ainda pediu a ajuda da Interpol para prender outros dois brasileiros que estão em Beirute. Os suspeitos estariam planejando atentados terroristas contra sinagogas e colégios judaicos no Brasil
Em nota, o Consulado de Israel agradeceu as autoridades brasileiras pelo compromisso de proteger os judeus e as instituições judaicas no país.
As prisões repercutiram na imprensa internacional, principalmente no oriente médio. O jornal Jerusalém Post destacou a ajuda do Mossad, o serviço secreto israelense, para frustrar os ataques no Brasil.
A Polícia Federal também monitora ligações do Hezbollah e do Hamas com o PCC na tríplice fronteira. O Primeiro Comando da Capital seria responsável pelo financiamento de armas, por meio do tráfico de drogas.