No interior paulista, a Polícia Federal realizou uma operação de combate à corrupção com dinheiro da saúde. Em Paulínia, os policiais buscavam documentos que pudessem ligar servidores da prefeitura com a empresa contratada para a construção de dois hospitais de campanha que custaram mais de R$ 4 milhões.
Foram cumpridos 14 mandados de busca em cidades de São Paulo, inclusive na prefeitura de Paulínia, e Santa Catarina na operação Carga Implosiva.
A polícia acredita em um direcionamento, já que a contratação foi realizada em apenas cinco dias, entre abril e maio de 2020. Para completar, na mesma data em que a empresa, que fica a 800km de Paulínia, venceu a licitação, foi apreendido um caminhão já na cidade com equipamentos que seriam usados para a construção dos hospitais.
“Foi notada a completa ausência de capacidade técnica dessas empresas, já que essas empresas estavam voltadas a eventos”, explicou o delegado Edson Geraldo de Souza.
A licitação foi suspensa pelo prefeito Ednilson Cazelato depois das denúncias. Mesmo assim, os envolvidos vão responder por fraude em licitação.
Em nota, a assessoria do prefeito de Paulínia ressaltou que ele e o secretário de Saúde, Fábio Alves, não são investigados pela operação. “Tanto o prefeito como o secretário de Saúde colaboraram com o fornecimento de informações e se colocaram à disposição para contribuir com as investigações”, diz a nota.
Os dois ex-secretários não foram localizados para comentar as denúncias.