Jornal da Band

Polícia Federal encontra novos fragmentos que seriam dos corpos de Dom e Bruno

Material coletado será analisado. Hoje mais cedo, Osoney da Costa confessou ter cometido o crime

Valteno de Oliveira

A Polícia Federal encontrou novos fragmentos que seriam dos corpos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, no local indicado por Oseney da Costa, irmão de Amarildo da Costa Oliveira, o ‘Pelado’.

A informação foi confirmada pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, em publicação feita em rede social, nesta quarta-feira (15).

Mais cedo, durante uma reunião na Comissão de Direitos Humanos na Câmara dos Deputados, Torres também chegou a afirmar que "o caso parece estar esclarecido".

Em coletiva de imprensa, o Superintendente da Polícia Federal do Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes, afirmou que a confissão sobre o assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira.

“Ontem a noite, o primeiro preso resolveu confessar a prática criminosa. Ele narrou com detalhes o plano realizado e apontou o local que havia enterrado os corpos”, disse.

Eduardo também disse que a Polícia Federal trabalha no local com escavadeiras para encontrar os corpos das vítimas.  e que os fragmentos encontrados passarão por perícia para confirmar que são de Dom e Bruno.

O delegado Guilherme Torres disse que a investigação continua e que não descarta a hipótese de que outras pessoas possam estar envolvidas no crime também.

Hoje, o BandNews TV confirmou, com exclusividade, que Osoney da Costa, irmão de Amarildo dos Santos, confessou que o crime foi cometido pelos dois. Segundo o depoimento, Dom Phillips foram esquartejados e carbonizados. Ambos foram presos nos últimos dias.

A informação relacionada à confissão é do jornalista Valteno de Oliveira, do Grupo Bandeirantes. O crime teria sido motivado pelo trabalho da dupla em relação à pesca ilegal de pirarucu no Vale do Javari. 

Segundo narrou Osoney, ambos pescavam pirarucu quando foram alertados por Bruno e Dom, que fotografavam a cena. Os pescadores, então, teriam rendido o jornalista e o indigenista e os levados para uma vala, onde foram mortos e tiveram os corpos esquartejados e incendiados.

Desaparecimento

Bruno e Dom desapareceram no dia 5 de junho, quando se preparavam para visitar uma comunidade indígena na região Vale do Javari, segundo a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava). 

Bruno era indigenista especializado em povos indígenas isolados e conhecedor da região, onde foi coordenador regional por cinco anos. Já Dom Phillips era veterano de cobertura internacional e morava no Brasil há mais de 15 anos.

O governo federal mobilizou a Marinha, Exército e Força Nacional, enquanto o Amazonas mobilizou as forças de segurança locais em busca do jornalista e do servidor.

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