A Defensoria Pública de São Paulo pediu a suspensão da nova política de privacidade do WhatsApp, que tem provocado muita reclamação de usuários.
Inicialmente, a alteração nos termos de privacidade do WhatsApp iria ocorrer em fevereiro. Mas a reação negativa dos usuários brasileiros fez a empresa transferir a mudança para 15 de maio. Por isso, os alertas voltaram a aparecer.
Desde o começo do ano, muita gente migrou para aplicativos concorrentes, como Telegram e Signal.
O assistente administrativo Pedro Aguiar não gostou da regra que vai compartilhar seus dados com outras empresas. Quando a mudança na política de privacidade entrar em vigor, ele pretende desinstalar o aplicativo e já baixou outros apps de troca de mensagens que considera mais seguros.
"Quando for bloqueada a minha conta, eu não vou reativá-la. Se alguém quiser falar comigo, que procure os outros aplicativos, eu estar ali disponível”, garantiu.
Nesta semana, o WhatsApp entrou na mira da Defensoria Pública de São Paulo, que pediu formalmente ao Ministério da Justiça a abertura de uma investigação sobre a nova política de privacidade do aplicativo. Segundo o órgão, essa mudança nas regras desrespeita as leis brasileiras.
“Ou você compartilha obrigatoriamente todos os seus dados pessoais com o grupo Facebook ou você está fora, ‘não vai mais poder usar os meus serviços, vou excluir sua conta’. É tudo ou nada. Isso, por si só, viola totalmente a Lei Geral de Proteção de Dados, não há discussão nisso”, argumentou a defensora pública Estela Guerrini.
O WhatsApp informa que as regras vão mudar apenas para troca de mensagens com contas comerciais, e que conversas pessoais e chamadas de voz e vídeo continuarão sendo protegidas por criptografia. Ainda assim, especialistas cobram mais transparência da empresa.