Posse de Múcio na Defesa sinaliza pacificação das Forças Armadas com Lula

Cerimônia contou com ex-ministros civis e militares. Novo ministro adotou tom conciliador no discurso

Da redação

O novo ministro da Defesa José Múcio Monteiro foi na manhã desta segunda-feira (2) à Base Aérea de Brasília para prestigiar a troca de comando na Aeronáutica. Aviões da Força Aérea Brasileira homenagearam o brigadeiro Marcelo Damasceno, que substituiu o também brigadeiro Batista Júnior. 

À tarde, Múcio tomou posse no Ministério da Defesa, sem a presença do general Paulo Sérgio, que deixou o cargo no último dia 31. Mas foi prestigiado por outros ex-ministro da pasta, como Fernando Azevedo, Raul Jungmann e Silva e Luna. Além de outros militares da reserva, como Bento Albuquerque ex-ministro de Minas e Energia.

A presença de ex-ministros da Defesa na solenidade de transmissão de cargo para o ministro Múcio Monteiro é uma sinalização do início de uma pacificação do Exército Brasileiro e das Forças Armadas, com o Governo Lula.

“Nosso país possui tradições pacíficas”, disse Múcio. “Apesar de sua relevante dimensão geopolítica, as Forças Armadas sempre se posicionaram a serviço da paz, da democracia, do respeito às instituições. Coisa de seus papeis constitucionais. Procurarei ir na direção de coordenar esforços e assegurar meios para que possam cumprir suas missões.”

Outros ministros

Na Saúde, Nísia Trindade, ex-presidente da Fiocruz, assumiu com o compromisso de retomar a ciência como instrumento de melhoria da qualidade de vida do brasileiro.

"O papel de reforçar a comunicação pública da ciência e valorização da ciência como parte da nossa cidadania. Fortalecer o SUS com recursos necessários, ações estruturantes, integralidade e coordenação interfederativa com recuperação do papel do Ministério da Saúde na coordenação do sistema e da política nacional, será a grande prioridade da nossa gestão.”

 A ministra também falou sobre as historiadoras Heloisa Starling e Lilia Schwarcz, que participaram do projeto da Band sobre os 200 anos da Independência.

Na Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia, disse que vai retomar obras paradas e o programa minha casa minha vida. "a orientação do presidente Lula é discutir com todos atores econômicos, sociais, a retomada de um país que vai crescer e acelerar dialogando."

Camilo Santana, novo ministro da Educação, disse que as universidades vão viver tempos novos.

"Para isso, pretendemos reforçar orçamentos das nossas universidades, que foram sucateadas no ultimo governo com visão equivocada, distorcida, de viés ideológico. Vamos recuperar credibilidade do Enem e voltar a motivar a participação da nossa juventude." 

Na Agricultura, Carlos Fávaro assumiu o ministério com o desafio de conseguir mais recursos, já que a pasta foi dividida.

As transmissões de cargo continuam esta semana na esplanada e no planalto. Nesta terça-feira, toma posse o novo ministro da secretaria de comunicação social da presidência, Paulo Pimenta. E na quarta, o vice Geraldo Alckmin assume o Ministério da Indústria e Comércio.

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