A virada de ano novo foi difícil para grande parte da população da Bahia. Milhares de moradores passaram a virada com desabrigados, desalojados ou com medo de novas inundações.
Em busca das compras para o jantar de Réveillon, Maria volta para casa de bicicleta e encontra uma via alagada. Em casa o ritual de higienização inclui água sanitária para proteger os pés que ficaram imersos na água com lama. Mas Maria não reclama, afinal sobreviveu a uma tragédia em Vitória da Conquista.
A chegada na cidade, às margens da BR-116, seguem alagadas. Está assim desde as chuvas do início do mês de dezembro. Quem mora nas extremidades, além da rodovia, teve que se virar para não ficar ilhado.
O comércio também está comprometido. São pequenos negócios que sustentam famílias, como uma oficina de bicicletas que segue alagada.
O acesso à zona rural de Vitória da Conquista está muito comprometido e tem até um ônibus atolado.
Um morador da região que sofreu derrame teve que ser levado por um carrinho de mão. O carrinho foi o único veículo capaz de ultrapassar o alagamento.
O último dia do ano foi de muito trabalho no povoado de itapirema, na zona rural de Vitória da Conquista. Os moradores da vizinhança realizam uma força tarefa para evitar que a água acumulada invada as casas na próxima chuva.
Quem está com a casa comprometida vai passar a virada em uma escola que serve de abrigo enquanto a água não abaixa.
