Tradicional na mesa do brasileiro, a combinação arroz, feijão, bife e salada está bem salgada. Em um ano, o tradicional “prato feito” ficou 22% mais caro.
Pelo país, as combinações variam. Em Minas Gerais, não pode faltar tutu ou feijão tropeiro. Já em São Paulo sempre tem o virado, com bisteca suína. No Rio, os restaurantes costumam oferecer farofa de ovos ou vinagrete. Os gaúchos gostam de incluir polenta. Seja qual for o acompanhamento, o básico não pode faltar.
O tradicional PF tem saído mais caro. A inflação dessa combinação tão conhecida do brasileiro subiu 22,5% em um ano.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a carne bovina aumentou 32%. Se a mistura for frango, a alta chegou a 22%. O tomate subiu 37%, assim como o arroz. O feijão preto encareceu 18% e o ovo, 13%.
Os vilões para a alta são o clima, que prejudicou plantações, e o preço do dólar.
“Incentivou muito exportações, isso acabou reduzindo a oferta interna e pressionando muito os preços aqui”, explica o pesquisador e economista Matheus Peçanha, da FGV.
Na lanchonete de Gilberto Ribeiro, não teve jeito. O preço passou de R$ 24 para R$ 26.
“As coisas aumentaram muito para a gente, tipo 30%, 40%. A gente só repassou 10% para não assustar tanto os clientes”, justifica o empresário.