O presidente da França, Emmanuel Macron desembarca nesta terça-feira (26) no Brasil. A agenda mais esperada é com o presidente Lula em que pode ser discutido o acordo Mercosul-União Europeia. Hoje emperrado por causa da pressão do setor agropecuário europeu.

O protesto de produtores rurais em vários países da Europa esfriou qualquer tipo de avanço no acordo entre Mercosul e União Europeia - uma discussão que se arrasta há 20 anos.

A França é um dos países que mais pressionam para encerrar as negociações. A preocupação é com a concorrência dos produtos da América do Sul. O acordo de livre comércio prevê redução ou corte de tarifas de importação.

Na cúpula do clima do ano passado, em Dubai, Lula criticou a postura protecionista da França e de outros países. Meses depois de um certo climão, Emmanuel Macron inicia na terça uma viagem de três dias ao Brasil. Segundo o Itamaraty, não haverá negociação sobre o acordo. Mas a conversa entre os dois presidentes será inevitável.

A chegada é por Belém, sede da cúpula do clima, no ano que vem. Lula vai mostrar projetos de desenvolvimento sustentável. No porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, eles vão acompanhar o lançamento de um submarino construído no brasil com tecnologia francesa. 

A agenda inclui encontro em São Paulo com empresários na Fiesp e um jantar com o setor cultural no Masp.

Em Brasília, haverá assinatura de 30 acordos em áreas como inteligência artificial, saúde, defesa e educação. 

No encontro bilateral, temas como o massacre em Gaza e a guerra na Ucrânia. Macron quer o brasil faça parte do grupo de países que tentam convencer o presidente russo, Vladimir Putin, a parar de atacar a ucrânia.

A França também busca uma agenda comum com o Brasil em relação ao drama dos palestinos na Faixa de Gaza.