A prisão de um dos maiores narcotraficantes do mundo terminou com a morte de 29 pessoas no México. Ovidio Guzman, conhecido como "El Raton" foi levado para o mesmo presídio de onde o pai dele, Joaquin "El Chapo" Guzman fugiu, em 2015.
A captura de um dos chefões do cartel mexicano de Sinaloa provocou uma onda de violência na região com tiroteios, saques e queima de veículos. Entre os mortos estão 10 militares e 19 bandidos. Não houve relatos de civis feridos.
A violência se espalhou para o aeroporto internacional de Culiacán, capital da província de Sinaloa, no oeste do México. Um avião comercial com 61 passageiros, incluindo crianças, foi atingido por tiros momentos antes de decolar, assim como uma aeronave da força aérea.
Nesta quinta-feira (5), os moradores tiveram que ficar trancados em casa. Houve o fechamento do comércio e serviços públicos. Hoje, a vida começou a ser retomada no estado que é controlado pelo tráfico.
El Chapo é fundador do cartel e cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos. Nesta sexta-feira, um juiz mexicano suspendeu a extradição imediata do filho dele. "El Ratón" é um dos comandantes do grupo criminoso responsável pelo tráfico de fentanil, uma droga 50 vezes mais potente que a heroína e que causou pelo menos 600 mil mortes por overdose nos Estados Unidos.
Ovidio Guzmán já havia sido preso em uma operação controversa em 2019, mas foi libertado em seguida em meio a uma reação violenta da organização criminosa. A nova detenção do narcotraficante acontece às vésperas da cúpula de líderes da América do Norte, na cidade do México.