Paulo Sérgio de Lima, o sequestrador de um ônibus na Rodoviária Novo Rio, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, na última terça-feira (12), foi transferido para o presídio no início da tarde desta quarta-feira (13).
Uma imagem mostra quando o bandido compra a passagem no guichê da rodoviária. Para a polícia, disse que, desde aquele momento, pensou que estivesse sendo seguido.
No domingo (10), ele roubou passageiros de uma van e fugiu para a favela da Rocinha. Foi repreendido pela facção que domina a comunidade e, na discussão, baleou um traficante. Por conta disso, decidiu fugir para Minas Gerais.
“Ontem, ele tentou fugir para Juiz de Fora. Esse ônibus teve uma pane, que forçou o motorista a sair do veículo para pedir socorro. Nesse momento, ele achou que fosse ser detido, ou por pessoas ligadas ao tráfico, ou por policiais”, contou o delegado Mario Jorge.
Quando alguns passageiros entraram, o criminoso pensou que fossem policiais e atirou. Na sequência, sequestrou o ônibus e fez 16 reféns por quase três horas. Baleado, Bruno Lima da Costa segue em estado grave. A bala está alojada no tórax e perfurou os pulmões e coração.
Passagens por roubo
O sequestrador tinha duas passagens por roubo à mão armada e estava em regime aberto desde 2022. Agora, responderá por tentativa de homicídio, cárcere privado e porte ilegal de arma.
Paulo Sérgio descumpria as normas do regime aberto, a exemplo de não comparecer em juízo e manter a tornozeleira eletrônica descarregada há um ano e sete meses.
Respostas
A Secretaria de Administração Penitenciária já havia comunicado seis vezes à Justiça sobre as violações na tornozeleira. O Ministério Público chegou a pedir, em março do ano passado, que Paulo Sérgio voltasse à cadeia. A solicitação só foi aceita horas depois do sequestro.
O juiz Cariel Bezerra Patriota alegou que só recebeu o pedido do MP ontem.