Alunos e professores de São Paulo foram surpreendidos com um aplicativo nos celulares pessoais instalado sem autorização. Segundo a Secretaria de Educação, isso foi uma falha. Um professor ouvido pela reportagem do Jornal da Band ainda tenta encontrar explicações.
“A sensação é aquela de invasão, realmente, de termos o nosso direito invadido, não respeitado, de que estamos sendo vigiados (Rogério Pelegrim, professor de Filosofia)
O aplicativo em questão é o “Minha Escola” apareceu, do nada, nos celulares de milhares de professores e alunos.
Lançado há cinco anos, o aplicativo foi criado para pais e alunos acompanharem o desempenho escolar dos discentes. A Secretaria de Educação de São Paulo alega falha técnica.
Segundo a pasta, o aplicativo foi instalado de forma involuntária em celulares conectados às contas do Google ligadas ao governo de São Paulo. Para especialistas, o erro fere a Lei Geral de Proteção de Dados.
“O Estado não pode interferir e te obrigar a fazer o uso de um aplicativo público num equipamento seu, particular, ainda que esse aplicativo diga respeito a uma política pública de educação”, explicou Marcelo Crespo, especialista em Direito Digital.