Além de lutar contra um câncer de mama, a advogada Germaine Tillwitz ainda teve que brigar na Justiça para que o plano de saúde pagasse os remédios.
“Estão custando acho que R$ 17 mil. Eu não teria condições de bancar”, afirmou.
Isso pode mudar com um projeto de lei aprovado por unanimidade no Senado, que está parado na Câmara dos Deputados desde junho de 2020.
O texto prevê que os planos de saúde paguem pelos medicamentos via oral para o tratamento contra o câncer. Hoje, o pagamento só é obrigatório no caso de remédios aplicados na veia.
Atualmente, os medicamentos orais de combate ao câncer representam mais de 70% das alternativas para o tratamento para a doença. Além de mais modernos, eles também são mais eficientes.
Para que os planos cubram o tratamento dos remédios, que já foram aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é preciso uma nova análise da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o que leva em média quatro anos – um tempo muito longo para o tratamento de uma doença tão grave.
“Nós estamos falando de pelo menos 50 mil pessoas por ano que têm suas vidas ceifadas. Têm seu câncer crescendo e, eventualmente, os matando por falta de remédio adequado contra sua doença. Outra vez: remédio já aprovado pela nossa Anvisa”, disse o oncologista Fernando Maluf.