A Justiça deu as primeiras condenações de integrantes da Quadrilha do Pix. Duas pessoas receberam uma pena de 37 anos cada uma, e outro, mais violento e que agredia as vítimas, recebeu 46 anos de cadeia.
Os condenados são duas mulheres e um homem, que emprestavam suas próprias contas bancárias para os assaltantes da quadrilha e ficavam com parte dos valores que eram desviados na ação.
“As penas estão sendo fixadas correspondente ao trauma que a sociedade tem vivenciado. Essa é uma das definições da 'pena', é de alguma forma tentar mostrar que esse tipo de conduta delitiva está tendo uma resposta do Poder Judiciário na altura do pânico, da periculosidade que vem gerando na sociedade”, disse a desembargadora Ivana David.
A Quadrilha do Pix age fazendo assaltos e sequestros-relâmpagos, transferindo via Pix, valores altos com os celulares e dados roubados das vítimas.
Este é o mesmo grupo que roubou o vereador de São Paulo, Marlon Luz, em junho, enquanto ele andava de carro pela cidade. Ao total, foram levados sessenta mil reais em transferências feitas pelo celular da vítima.
Os criminosos agiam em um quarto pequeno, com um computador, vários celulares e uma maquininha de cartão. “Eles ficavam o dia inteiro levantando contas, CPFs para montar contas, até conseguir abrir contas bancárias, pedir cartão de crédito”, comentou o delegado Fábio Daré.
Há 15 dias, a Polícia Militar vem fazendo a Operação Cavalo de Aço na capital paulista, apreendendo em média 20 motos em cada ação, veículo usado nos sequestros e assaltos.