O clima durante a tarde de sexta-feira (9) foi de muita comoção no Aeroporto de Cascavel, no Paraná, de onde saiu o avião que tinha como destino Guarulhos e caiu em Vinhedo, interior de São Paulo. Familiares e amigos das vítimas que estavam no voo estavam desesperados em buscas de informações.
Algumas pessoas chegaram a passar mal e precisaram de atendimento médico. Outras reclamavam que os telefones repassados pela companhia aérea VoePass não funcionavam. "A gente está tentando ligar nesse número informado, mas o número não funciona, está difícil de conseguir informações", diz o professor Maicon Jackson.
"Tenho conhecidos que não consigo confirmar, não temos certezas e muitas vezes nem caiu a ficha. Tem pessoas com esposa, mãe, filhos, mas ninguém caiu a ficha porque ninguém tinha acesso à lista", afirmou a advogada Diulli Dela Santo, que estava procurando informações na VoePass.
Os familiares foram encaminhados ao piso superior do aeroporto e a área totalmente isolada. Um posto de atendimento médico foi montado com profissionais de saúde, para atender os familiares.
Quem perdeu o voo também se emocionou, por ter se salvo por um atraso, como o caso de José Felipe. "Cheguei atrasado, até pedi para entrar no avião, insisti e não deixaram. Tinha mais gente por aqui que também perdeu o voo", conta.
Outro passageiro, que não se identificou, conta que veio a Cascavel para um congresso. O voo dele foi remarcado, mas alguns colegas não tiveram a mesma sorte. "Teve gente que transferiu o voo de imediato e não se salvou, outros ficaram. A gente não tinha a relação de nada, só que três, quatro pessoas da nossa turma estava lá", diz.