Depois de 9 anos fechado, o Museu do Ipiranga ampliou o acervo e a reabertura reserva novidades aos visitantes. Pouco mais de 4 mil itens serão expostos logo na reinauguração.
Isso representa menos de 5% de todo o acervo. O que não é exibido, fica guardado para pesquisa ou para futuras mostras.
O novo material deve ser exposto em conjunto, na reinauguração prevista para 7 de setembro de 2022, data do bicentenário da Independência do Brasil.
Diversidade
“A gente tem não apenas a presença de população indígena, mas também com afro-brasileiros. Isso de alguma maneira vai ser mostrado em conjunto para mostrar o que significa essa mudança de direção mesmo, do acervo. As eram telas a óleo voltadas somente às elites e agora cobre um espectro muito maior”, revela o curador e pesquisador Paulo Garcez.
Uma das novidades para destacar a vinda de imigrantes que formaram boa parte da população brasileira é a exposição de móveis de famílias que viveram no século XIX. Alguns foram encontrados em antiquários no Centro de São Paulo.
Uma estante monumental, feita por encomenda pela Família Jafet, por exemplo, foi produzida por uma empresa de imigrantes italianos. “É um exemplo de como um móvel pode documentar duas trajetórias diferentes: uma família libanesa que encomendou e usou, mas também dos italianos que produziram esse móvel”, explica Paulo Garcez.
História
O historiador Elias Feitosa conta que entre as coleções está uma de moedas. O acervo abrange os períodos de Império e República. “Há também uma coleção de armas do século XIX, do período da Guerra do Paraguai (1864 a 1870)”, revela.
Um terceiro ponto acessível a pesquisadores e especialistas ligados à imagem é o acervo do fotógrafo Militão, do século XIX, que serve como referência para conhecer o que seria a cidade de São Paulo na época.
As crianças devem estar entre as maiores contempladas com a reabertura. Diversas escolas já planejam excursões e estudos relacionados ao rico acervo de história nacional.
“Inclusive eu faço aniversário dia 6 (de setembro, um dia antes da reabertura) e quando eu soube que iria reabrir pedi pros meus pais que eu fosse ao museu”, afirma a estudante Helena Mairão.
Quando o museu foi planejado, um quadro foi encomendado especialmente para ele.
