O primeiro-ministro Keir Starmer iniciou visitas a dois pilares da União Europeia. Depois de ser recebido com tapete vermelho por Olaf Schols, líder da Alemanha, o destino foi a França, para uma conversar com Emmanuel Macron. O novo premiê britânico afirmou que deseja restaurar relações com os vizinhos, principalmente em economia e defesa, depois de 14 anos de partido conservador no poder.
A campanha que aprovou o Brexit em 2020 prometia um futuro melhor fora da União Europeia. O que se viu de lá para cá foi um cenário muito diferente. Segundo um estudo da Cambridge Econometrics, a economia britânica encolheu 140 bilhões de libras — mais de R$ 1 trilhão de — desde o “divórcio” com o bloco europeu. Londres perdeu quase 300 mil postos de trabalho.
A mão de obra — sobretudo a qualificada de europeus que tinham trânsito livre por aqui — diminuiu. A imigração, aumentou. Só no ano passado, 1,2 milhão de imigrantes chegaram ao Reino Unido.
A inflação disparou e, com a guerra na Ucrânia e pandemia, bateu 11% em 2022. Os britânicos sentem ano após ano os impactos negativos do Brexit, sobretudo na economia. Uma pesquisa recente mostrou que a maioria reconhece que a saída da União Europeia foi um erro.
Pelo menos 55% dos entrevistados afirmam que o processo foi um equívoco. 31% dizem que foi certo e 13% não souberam responder. Por enquanto, esse desejo de reaproximação com a União Europeia não significa reverter o Brexit, mas o Reino Unido quer encontrar formas de estreitar os laços para diminuir os impactos negativos que vem enfrentando.