Pelo menos 16 pessoas já morreram na repressão aos protestos no Irã pela morte, na semana passada, da jovem Mahsa Amini, de 22 anos.
Ela foi presa pela polícia moral por ter deixado alguns fios de cabelo visíveis sob o hijab, vestimenta que cobre o rosto das mulheres muçulmanas e que virou obrigatória depois da revolução islâmica, em 1979.
Testemunhas disseram que Mahsa teria sido agredida dentro da viatura. A polícia nega e diz que ela morreu depois de um ataque cardíaco.
A região Curda do Irã, onde os protestos têm se concentrado, está praticamente offline. Não há conexão com a internet. o governo cortou a internet para tentar inibir mais manifestações.
Os protestos têm crescido diariamente, assim como a repressão policial. Já são 270 feridos e quase 500 iranianos presos.
Vídeos de mulheres iranianas retirando o véu tem circulado pelas redes sociais. Muitas chegam a queimar o hijab. O gesto é considerado crime no Irã.
Em outras imagens, iranianas aparecem cortando os cabelos e gritando palavras de ordem como morte ao ditador - uma referência ao presidente iraniano Ebrahim Raisi.